Após publicar o artigo “Televisão: uma questão de alienação” me senti no dever de elaborar um texto sobre as redes sociais. Tal tema vem se tornando extremamente relevante. Vale afirmar que não é somente entre os jovens, mas o pessoal mais antigo vem se inserindo cada vez mais neste vasto mundo virtual. Ou seja, não há restrições, todo mundo participa desse crescimento.
Então, correspondendo ao título do artigo, existem vantagens e desvantagens na utilização da internet, mais precisamente das redes sociais (sensação do momento). Hoje em dia elas são a “mola propulsora” de diversas empresas, marcas, organizações (inclusive de nosso blog), que as utilizam para divulgar sua imagem. Analisando-se ao longo do tempo, percebe-se que a invenção do computador nos proporcionou um grande avanço em diversas áreas. Mais tarde, surge a internet, tornando, assim, o mundo menor, mais conectado, tudo mais próximo, a qual representa muito bem o fenômeno da globalização.
Atualmente, uma das coisas que mais ganha força no mundo virtual é a figura das redes sociais. Com diversas ferramentas de compartilhamento, determinada informação se expande sem limites. Notícias pessoais chegam a pessoas que nem conhecemos. Antes, geralmente, era preciso ter sorte para se tornar conhecido, famoso. Ou seja, só através de televisão, jornais ou rádios. Mas a internet revolucionou isso. Hoje em dia basta você publicar qualquer coisa na rede que o povo considere interessante, mesmo que passageiro, irá se tornar conhecido. É o caso da “Luiza do Canadá”. Um comercial como outro qualquer, porém as pessoas acharam algo interessante, o que proporcionou toda aquela repercussão.
Como já fora dito, as redes sociais diminuíram a distância entre as pessoas. Não é mais preciso sair de casa para conversar com os amigos. Melhorou para o lado dos trabalhos escolares/acadêmicos, pois as reuniões de grupo podem ser feitas virtualmente. E principalmente: lazer. Esta é uma das principais qualidades das redes sociais. Assim como a televisão, as pessoas procuram fugir um pouco da realidade. Sabemos que as redes sociais têm como uma de suas intenções interagir o mundo, unir os povos, tornar as pessoas mais conectadas, interligadas. É um ótimo ambiente para fazer novas amizades.
Mas nem tudo são flores. Boa parte dessas vantagens que as redes sociais nos proporcionam acaba trazendo desvantagens para nós. Muitas vezes nem percebemos, mas de alguma forma ou de outra atrapalham nossa vida. Às vezes vamos olhar apenas alguma notícia e dá aquela vontade de entrar no facebook, por exemplo. Após, vem uma pessoa e fala contigo, você vê alguma besteira compartilhada, já vai curtir aquela publicação. No final, se passaram horas. Ou seja, você acabou perdendo um tempo de sua vida fazendo nada que seja útil. Fica até aquela sensação de cansaço, de que não aproveitou o tempo corretamente.
Enquanto escrevia este artigo, presenciei um exemplo muito comum. Uma amiga minha precisava estudar, contudo, estava no facebook. Ela sempre dizia: “preciso sair para estudar!” Ou seja, o vício no facebook era tão grande que não a deixava sair. Não adianta negar que isso não acontece com a gente (não necessariamente igual ao exemplo, mas semelhantemente).
Temos um mundo tão belo a explorar e perdemos tanto tempo vendo futilidades nas redes sociais. Vale ressaltar que quando nos conectamos à internet, não ficamos em uma única rede social. São muitas: facebook (virou modinha), seja o “falecido” orkut, twitter, msn, google+, dentre diversas outras que existem. Há uma grande controvérsia em considerar o twitter como rede social ou não. Uns falam que é mídia, outros falam que é rede. Mas irei utilizar a palavra rede social em seu sentido amplo, englobando todas as formas de comunicação virtual supracitadas. No lugar de adquirir um maior conhecimento, lendo um livro, lendo notícias da atualidade, debatendo, ficamos quase que exclusivamente para a internet.
Ainda, dentre todas as vantagens abordadas, percebe-se a diminuição da distância entre as pessoas. Toda essa facilidade, praticidade, aos poucos, vai diminuir o contato que realmente deve acontecer. O contato, de fato (de pessoa para pessoa). Assim como a televisão, a internet (em relação às redes sociais) acarreta problemas para nossa saúde, pois passamos muito tempo sentados na cadeira do computador apenas movimentado as mãos. Um deles é o sedentarismo, que vem na companhia de doenças circulatórias e cardiovasculares, por exemplo.
Como visto, abordei o exemplo da “Luiza do Canadá”. Até parece que a sociedade regrediu. Uma besteira desse tipo apresentar uma grande repercussão na internet. As pessoas não souberam valorizar o que interessa. E o pior: nem piada era. Apenas virou piada: “menos a Luiza, que está no Canadá”. Agora pergunto: qual a coisa engraçada nisso? Não tem. Não apresenta nada cultural, e sim uma regressão. Não quero falar mal da pessoa Luiza. Que como ela mesmo falou, não influenciou em nada para gerar tal repercussão. Apenas quero extrair do exemplo fático que aconteceu com ela o que realmente interessa para o texto, e não a imagem da pessoa “Luiza”.
O que quero mostrar com esse artigo é a importância de tentarmos nos afastar desse mal que assola muita gente. Eu, por exemplo, passo bastante tempo na internet (inclusive em facebook,msn, twitter). Contudo, procuro tirar proveito disso. Tento extrair o que há de positivo neles. Para se ter uma ideia, enquanto escrevia este artigo, estava online nas redes. Como já falei no começo do texto, há muita coisa boa para se fazer na internet (no caso, redes ou mídias sociais). É apenas uma questão de selecionar o que convém para nós. Tentar aliar o que pretendemos e o que é bom. Presenciamos muitas pessoas extremamente alienadas compartilhando coisas inúteis. Compartilhar uma piada, por exemplo, é algo interessante sim. Mas o excesso disso é que não é legal. Acaba gerando uma poluição visual (muito comum).
Devemos sair do senso comum, apresentar um senso crítico. Passar a debater mais sobre as coisas, a nos perguntar o porquê de agir com tal atitude. Aproveitarmos mais a beleza da vida. Praticarmos mais atividades físicas. Ou seja, não viver exclusivamente para a internet, para as redes sociais. Espero que isso ajude muita gente a abrir os olhos, que aos poucos e com força, comecem a valorizar mais o que realmente interessa. Não é deixar de utilizar as redes sociais, pois estas são boas sim. Têm muitas qualidades. O ideal, como já afirmei, é não viver somente para elas, e sim aliar o útil ao agradável.